Os resíduos são sobras de produtos, seja embalagens ou partes dele mesmo, que ainda podem passar por processos de reaproveitamento por meio da reciclagem ou reutilização. Os resíduos orgânicos são resíduos de origem vegetal e animal, como cascas de frutas, folhas, restos de comida, etc, que podem passar pelo processo de compostagem para serem reciclados.
Já o rejeito é o que não tem reaproveitamento, seja para reutilização, transformação ou reciclagem. A Política Nacional dos Resíduos Sólidos define “rejeito” como, “resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por tecnologias disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada”.
Aqui no Brasil, os maiores exemplos de rejeito são: isopor (pouquíssimas cidades possuem a tecnologia para reciclar), fraldas, absorventes, etiquetas adesivas, vidros temperados, bitucas de cigarro, esponja de aço, esponja de cozinha, embalagens laminadas, etc.
Segundo a caracterização nacional de resíduos publicada na versão preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, os resíduos orgânicos correspondem a mais de 50% do total de resíduos sólidos urbanos gerados no Brasil. Somados aos resíduos orgânicos oriundos de atividades agrossilvopastoris e industriais, os dados do Plano Nacional de Resíduos Sólidos indicam que há uma geração anual de 800 milhões de toneladas de resíduos orgânicos.
Apesar disso, atualmente, menos de 2% dos resíduos sólidos urbanos são destinados para compostagem, os 98% restantes podem se tornar um problema ambiental sério, a disposição inadequada de resíduos orgânicos gera chorume contaminado com metais pesados, emissão de metano na atmosfera e proliferação de vetores de doenças.
Portanto, rejeito é o que devemos ao máximo evitar de gerar, pois isso desencadeia uma perda irrecuperável em matérias primas, energia e água, que serão depositadas nas melhores das hipóteses em um aterro sanitário, e todo esse processo ainda gera poluição ambiental.
Vamos observar nossos hábitos, vamos observar nosso lixo, quais deles poderiam ter sido evitados? Trocados por alternativas menos poluentes? Qual é rejeito, qual é resíduo?
